segunda-feira, 18 de julho de 2011

Energia Eólica Brasil - Competitividade

Com o aumento da implantação, trabalho dos fornecedores e outros trabalhos relacionados aos a energia eólica,  a competitividade desta fonte de geração de energia frente as tradicionais aumenta dia a dia.
Segue abaixo uma relação de três matérias interessantes que sairam nos últimos dias.

Vestas vai fornecer turbinas para parques eólicos da Chesf e da Brennand Energia


Empresa dinamarquesa entregará máquinas de 2MW e 3MW para usinas na Bahia que somarão potência instalada de 90MW
Da redação

Crédito: Vestas
A dinamarquesa Vestas, que atua globalmente na produção de aerogeradores, anunciou nesta sexta-feira (15/7) que firmou um acordo para fornecer máquinas para parques eólicos que serão construídos na Bahia pela Eletrobras Chesf e a Brennand Energia. As usinas, que somarão 90MW em potência, devem ser concluídas até o final do ano que vem.
Pelo contrato, a Vestas entregará, no primeiro semestre de 2012, dez unidades do modelo V-90, de 3MW de capacidade, e 30 unidades do V100, com 2MW. O negócio ainda envolve a instalação e comissionamento das máquinas, além da implantação, por um período inicial de 10 anos, da solução Active Output Management, que "otimiza a potência nominal do parque eólico e minimiza o risco do cliente, uma vez que garante a completa operação das turbinas".
O diretor de Engenharia da Chesf, José Aílton de Lima, destacou a importância da ferramenta para o fechamento da transação. "Acreditamos que a Vestas pode nos ajudas a maximizar a produção dos parques e, consequentemente, obter maior rentabilidade sobre nossos ativos". Para Juan Araluce, presidente da Vestas Mediterrâneo, é possível perceber "aumento do interesse pela energia eólica no Brasil". Segundo o executivo, a Vestas "está totalmente voltada ao apoio do desenvolvimento da energia eólica no Brasil e à colaboração para a criação de uma indústria local através de competências e do estabelecimento de uma rede de fornecedores".


Copel quer viabilizar 500MW renováveis nos leilões ainda em 2011
Estatal quer expandir parque gerador em 44%; para transmissão, meta é de 1.000km extras
Por Paulo Silva Junior

Crédito: Copel
A Copel divulgou nesta sexta-feira (15/07) os principais pontos de seu planejamento estratégico para o período que compreende até o ano de 2015. No documento, a companhia afirma esperar aumentar a capacidade instalada em geração em até 44%; em transmissao, a meta é incrementar a Receita Anual Permitida (RAP) em 62%.
A expansão em geração depende, como lembra o relatório, do sucesso na aquisição de novos ativos e na obtenção de concessões via leilões. A estatal pretende ainda alcançar 22% de participação de fontes alternativas na sua matriz, e crescer em 35% a energia comercializada no mercado livre.
Em transmissão, o objetivo é crescer a rede em 1.000km em novas linhas, e otimizar a capacidade de subestações em até 4.000MVA até 2015.
A parte dedicada à distribuição ressalta o investimento na "renovação e modernização dos ativos para aprimorar os indicadores de qualidade, promovendo melhoria na confiabilidade do sistema de distribuição e o pleno atendimento ao crescimento do mercado". Além disso, a empresa diz que quer aumentar o número de consumidores em 43% no período.
Curto PrazoAinda para 2011, a companhia listou as principais metas para o curto prazo, como por exemplo buscar 500MW de capcidade nos leilões de energia renovável. Além disso, o documento cita a conclusão da hidrelétrica Mauá (361MW); início da Colíder (300MW); "ter condições necessárias" para iniciar a São Jerônimo (331MW); conclusão dos estudos para participação sustentável na Baixo Iguaçu (350MW); investimento de 500MW em transmissão; início da PCH Cavernoso II (19MW); conclusão dos estudos de viabilidade de PCHs no rio Chopim (120MW); início da PCH Dois Saltos (25MW); entre outras melhorias estratégicas.
CenárioA Copel possui hoje um parque gerador formado por 18 usinas, sendo 17 hidráulicas e uma térmica, num total de 4.550MW. Além disso, tem mais 608MW de potência instalada em participações (cinco hidrelétricas, uma térmica e uma eólica), somando então 5.158MW.
Em transmissão, são 1.913km de linas, com capacidade média em subestações equivalente a 10.302MVA. Já na área de distribuição, são 392 municípios atendidos no Paraná e um em Santa Catarina, com um total de quase 4 milhões de consumidores.

Custo de energia eólica caiu no Brasil






Abeeólica: os custos de geração, como a instalação e a compra de equipamentos diminuiram e tornaram a alternativa mais competitiva

Rio de Janeiro- A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que desde maio - quando o Brasil atingiu pela primeira vez 1 gigawatt por hora (GWh) de energia eólica – a geração só vem crescendo e atualmente os ventos estão produzindo 1,073 GWh.
O volume se aproxima do potencial da Usina Angra 2 (que tem capacidade de 1,35 GWh), e pode abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o aumento reflete a procura dos últimos anos por energia limpa, já que a força dos ventos é menos poluente que outras fontes. Isso fez com que os custos de geração, como a instalação e a compra de equipamentos diminuíssem, tornando a alternativa mais competitiva, segundo o diretor executivo da associação, Pedro Perrelli.
"A energia eólica não emite gás [do efeito estufa], não usa água doce nem para limpeza, nem para resfriamento, e a instalação de uma usina causa um impacto ambiental muito pequeno, que em dois ou três anos, é recuperado", disse. "Essas preocupações se refletiram no aumento da procura, que barateou os preços, como ocorre com produtos eletrônicos", completou.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estima que a comercialização de energia eólica nos leilões nos dois últimos anos, impulsionou o setor, que hoje é responsável por 1% da matriz energética brasileira. Segundo a EPE, as contratações fizeram com que a produção de energia gerada dos ventos saltasse de cerca de 30 megawatt por hora (MWh) para os atuais 1 GWh, entre 2005 e 2010.
Com a meta de ampliar ainda mais o percentual de fontes limpas na matriz, o governo aposta no crescimento do setor nos próximos dez anos. A meta do Plano Decenal de Expansão de Energia é que até 2020, quando o país deverá gerar cerca de 171 GWh, a participação da energia eólica na matriz suba para 7%, enquanto a oferta de energia hidráulica diminua de 76% para 67%.
Embora o preço da energia eólica vem se tornando mais competitivo ao longo dos anos, passando de uma média de R$ 160 para R$ 147 por MWh entre 2009 e 2010, o diretor da Abeeólica disse que, nos dias de hoje, a energia eólica só não é tão competitiva em termos de preço com o que é gerado nas hidrelétricas (R$ 95 por MWh). E defende que os sistemas sejam usados de forma complementar.
"É necessário [ter hidrelétricas] porque na época de mais chuva, é quando venta menos. E quando os rios estão mais vazios, é quando venta mais ", explicou Perreli. Porém, ressaltou que o impacto da instalação de uma usina eólica poder ser menor dentro de um terreno do que o de uma grande hidrelétrica, apontada também como fonte de energia limpa e renovável.
"Na área onde se explora o potencial eólico, a usina utiliza 3% da área, que não é desapropriada. Normalmente, é feito um contrato de aluguel com os donos, sejam índios, pescadores, quilombolas ou fazendeiros. Traz uma renda adicional que permite implementar o negócio", disse.
Como crescimento do setor, para que os preços se tornem ainda mais competitivos, a associação defende que seja investido mais em linhas de transmissão adequadas.

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