terça-feira, 17 de maio de 2011

Quanto a Sustentabilidade Custa

Irrefutável o fato de que as condições ambientais encontram-se em estado de alerta devido aos impactos ambientais causados pela ação direta do Homem.
Tendo isto em mente, o mundo inteiro investe no desenvolvimento de implantação de diversas soluções sustentáveis nas mais diversas áreas.
No setor energético, uma das metodologia é passar a gerar energia elétrica utilizando-se fontes de menor impacto ambiental. No entanto, os investimentos em tal setor acarretam em custos de pesquisa, implementação e operação destes sistemas e no final das contas quem paga por isso é a população de modo geral.
Segue uma reportagem encontrada na edição INFO do mês de maio de 2011 que mostra como os gastos serão distribuídos:


"Incentivo à energia verde custará R$ 182 mi

 
• Terça-feira, 17 de maio de 2011 - 10h58

SÃO PAULO - O conjunto de regulamentações previsto na medida provisória (MP) 517, que deve entrar em votação no Congresso Nacional esta semana, terá reflexo direto no bolso do consumidor de energia elétrica. Além da prorrogação por 25 anos da Reserva Global de Reversão (RGR), um encargo cobrado na conta de luz, a MP também estende por mais um ano o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), criado em 2002.


Segundo cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a pedido da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), apenas essa medida significará acréscimo anual de R$ 182 milhões na fatura do consumidor, que já paga uma das maiores tarifas do mundo por causa da extensa lista de impostos e encargos embutidos no preço.
Esta é a terceira vez que o governo prorroga o prazo do programa cujas usinas deveriam estar em operação desde 2006. No total, são 534 megawatts (MW) de potência instalada de usinas eólicas beneficiados pela decisão do governo federal.
A quantidade representa quase metade da fatia de energia eólica prevista no Proinfa. Quando lançado, o programa previa 1.100 MW por fontes alternativas - Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), eólica e biomassa -, somando 3.300 MW. Naquela época, no entanto, era justificável incentivar as fontes alternativas, já que o preço para produzir a energia era elevado. No caso da eólica, o megawatt-hora (MWh) contratado custou R$ 282.
Mas agora o cenário é outro. No último leilão de energia eólica, realizado no segundo semestre do ano passado, a Aneel conseguiu negociar a compra de energia produzida com ventos pelo preço médio de R$ 130,86 o MWh. No ano anterior, as usinas eólicas já haviam surpreendido com um preço médio de R$ 148,39 o MWh.
Esses números tornam questionável a decisão do governo federal de prorrogar o Proinfa, afirmam especialistas do setor. A tese do governo é de que a renovação garantirá a estabilidade regulatória ao não prejudicar os investidores contratados pelo Proinfa. Mas ele esquece que esses investidores não entregaram as usinas conforme o previsto no cronograma inicial. O Ministério de Minas e Energia foi procurado pela reportagem para explicar o motivo da prorrogação do Proinfa, mas não respondeu ao pedido de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."

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