quinta-feira, 19 de maio de 2011

Inovar - Arte e Metodologia

A INOVAR parece ser uma ARTE, um efeito, uma proficiência que alguns nascem e outros não. Contudo mesmo aqueles se dizem criativos não tentam ou não obtém sucesso em suas idéias.

A princípio muitas são as pessoas que se consideram comuns, nada especiais e que não são donas de grandes idéias. Uma pequena minoria de pessoas no entanto buscam a todo momento idéias que as façam ser valorizadas ou destacadas ou mesmo por um anseio de sua existência.

Para ambos os públicos, a verdade é que temos idéias sim a todo momento, porém raríssimos são os casos que conseguimos concretiza-los ou então decidimos pela tentativa de uma implantação.

Trabalhando em uma das empresas de engenharia mais conceituadas no Brasil, nos meus anos dentro da Promon a palavra que mais devo ter ouvido relacionada ao termo "criatividade" foi a palavra "pró-atividade".

Pois então... para aqueles que acham que não possuem idéias ou para aqueles que as tem mas nunca as implanta, encontrei uma matéria que poderá mudar o modo de abordagem deste tema tão..."mistificado".

Uma metodologia de como abordar uma idéia ou um rascunho de idéia para que ela seja um sucesso.

Nada garante o sucesso, no entanto, quem sabe né?

1. Brainstorm não é tudo
Antes de partir para a sala do chefe com uma porção de projetos na cabeça, vale a pena submeter sua ideia a uma prova de choque.
“Uma ideia parte de um contexto estudado e evolui para um pensamento bem fundamentado”, diz Rita Almeida, diretora da agência de branding CO.R Inovação.
Isso significa que não vale passar para frente propostas etéreas e sem um alicerce sólido.  “A ideia tem que amadurecer”, diz Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp.
Por isso, antes de qualquer outra ação, pergunte-se: essa proposta realmente é digna de compartilhamento?Em que medida ela atende aos desejos do seu público alvo? Ela realmente trará benefícios para empresa? Quais seriam os caminhos para tirá-la do papel? Eles são viáveis?
2. Acerte o tempo
É nesse momento que você também deve checar se sua proposta está dentro ( ou não) das necessidades de sua época.
“Muitas ideias morrem porque foram compartilhadas no tempo errado”, diz o especialista Anderson Cavalcante. “Seja por estarem à frente do seu próprio tempo ou atrasadas”.
Ele sentiu isso na pele na editora em que trabalha. “Fomos os primeiros a lançar um livro de gestão corporativa. Demorou um ano para que ele começasse a ser vendido”, lembra. “Foi o custo do pioneirismo”.
3. Faça pré-testes
Um meio para descobrir se a ideia está no ponto para sair do papel é compartilhá-la com pessoas próximas – e confiáveis. “A questão é experimentar mesmo”, diz Cavalcante. “Checar se a proposta terá eco”.
Feito isso, mapeie quais são as pessoas chave para receber sua ideia e passá-la para frente. Dedique um tempo para entendê-las.
“Todas as pessoas agem segundo motivações pessoais ou profissionais”, afirma Eduardo Ferraz, autor do livro Por que a gente é do jeito que a gente é? (Editora Gente).
“Por isso, para vender uma ideia, um aspirador de pó ou mesmo os conceitos de uma palestra, é preciso saber o que motiva as pessoas”.
4. Prepare o caminho e lance os fundamentos
É com base nesse agente propulsor da motivação que você deve definir a lógica argumentativa da sua proposta.
“O que vai dar credibilidade é a fundamentação”, diz Ferraz.
Dois meses. Esse foi o tempo que Marcel Camargo, gerente comercial da BNCorp, levou para elaborar os fundamentos de uma nova proposta de negócios para a empresa em que trabalha.
A ideia era utilizar o conceito de Retrofit em um novo empreendimento no Rio de Janeiro.
“Já havíamos feito isso com muito sucesso no passado”, lembra. Mesmo assim, ele arregaçou as mangas para refrescar a memória do departamento.
Os 60 dias em que se dedicou para amadurecer a ideia foram divididos entre viagens para o Rio de Janeiro, pesquisas de mercado, coleta de informações e elaboração de um roteiro argumentativo. Com todo esse contexto em mãos, ele partiu para a sala de reuniões.
Não deu outra. Antes mesmo da conclusão do empreendimento, todas as salas já estavam alugadas ou vendidas.
5. Tenha foco
Por mais profunda que tenha sido a sua pesquisa, não é preciso esmiuçar cada detalhe na apresentação.
“Muita gente pensa que é preciso colocar tudo na apresentação. Ao contrário, ela tem que ser estratégica”, diz Cavalcante. Isso significa que só vale compartilhar sua ideia de uma maneira objetiva e coerente com o contexto do público em questão.
Difícil chegar a esse equilíbrio entre profundo conhecimento sobre o assunto e uma apresentação pontual? Nem tanto. Basta compreender bem quais os principais motivadores do público em questão e focar neles.
“Tenha foco, não queira vender 20 coisas ao mesmo tempo", diz Ferraz.
6. Não parta para a briga (ou indiferença)
Esteja preparado para passar por uma prova de fogo. Durante a apresentação, muitos poréns serão levantados. E o seu papel é manter a calma e, de uma maneira sensata, desmontar cada um dos contras.
Agora, não vale perder a cabeça e descanbar para a ignorância. Lembre-se: a credibilidade da sua ideia está intimamente ligada à sua própria imagem - e credibilidade.
Além disso, é imprescindível demonstrar confiança e segurança para os interlocutores. Por isso, não vale chegar na sala de reuniões sem, realmente, acreditar em cada detalhe do seu projeto. Muitas ideias já naufragaram simplesmente porque as pessoas não demonstraram paixão pelo que faziam. "Nunca vi nenhuma proposta ser aprovada com gente norma", diz Cavalcante.
7. Deixe a porta aberta
Não se intimide caso não tenha resposta para todas as perguntas. Aliás, segundo Cavalcante, deixar alguns pontos em aberto é essencial para que as negociações para que a ideia seja aprovada não ganhem um ponto final logo de cara.
A dica, segundo ele, é já sair da primeira reunião com uma nova data de discussões agendada. "Se você deixa uma pendência, gera-se a chance de reavivar o projeto nos próximos dias", afirma. E, com isso, aproveitar as impressões iniciais, até, para melhorá-lo.


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