segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Energia mais Cara e Maior Viabilidade Econômica para Eólicas

As recentes chuvas no estado de São Paulo não são suficientes ou melhor dizendo, bem localizadas o suficiente para atender os reservatórios de água que estão secando em todo o nordeste brasileiro.

O setor de energia, atrelado a disponibilidade de água para geração de energia elétrica, a disponibilidade de linhas de transmissão e fontes de geração, aparentemente não esta conseguindo suprir toda a carga de energia de modo satisfatório. Um dos bons indicadores para se entender o problema de energia no país é o preço da energia do PLD que continua subindo na terceira semana consecutiva de maneira assustadora.

O preço da energia já bate hoje em dia a casa dos R$450,00/MWh. Valor muito acima dos valores típicos vendidos em leilões A-3 com uma média de R$120,00/MWh. Com um crescimento desenfreado como esse e despachos de energia por usinas termelétricas cada vez mais frequentes pelo governo federal, no final das contas, nós, BRASILEIROS, acabaremos por pagar uma conta muito mais alta por causa de jogos políticos e outros problemas de interligação de fontes de energia a rede.

Veja notícia do jornal da energia sobre o aumento do preço da energia elétrica no Brasil.


PLD ultrapassa R$ 450 por MWh
Na semana passada o valor já havia ultrapassado fronteira dos R$400, ficando em R$430 por MWh

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou nesta sexta-feira (9/11) os valores do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). Para a próxima semana, entre os dias 10 e 16 de novembro, o indicador ficou na faixa dos R$ 450 por MWh, considerando a média entre os submercados Sudeste/Centro Oeste, Sul, Norte e Nordeste. O valor ultrapassou os R$ 430 por MWh, do período anterior.

O indicador é utilizado nas liquidações do mercado de curto prazo, servindo também como referência para contratos os firmados no ambiente de contratação livre (ACL). Entre os fatores que estão contribuindo com ascensão do PLD nas últimas semanas, estão a falta de chuvas, que contribuiu com a diminuição dos níveis dos reservatórios, bem como a desconsideração da oferta das usinas do Grupo Bertin.

Confira como ficou os preços do PLD, validos para o período entre 10 e 16 de novembro:

Segue uma outra matéria que informa a melhoria da viabilidade econômica de usinas eólicas no país caso uma nova MP seja aprovada.


Para Renova, MP579 poderá dar mais competitividade às eólicas no ACL
Empresa revelou que está prospectando projetos hidrelétricos de médio porte

Se para muitos especialistas os efeitos da Medida Provisória 579 vem na contramão dos interesses de quem atua no mercado livre, para outros, como a Renova Energia, a medida vem para favorecer à comercialização de energia eólica nesse ambiente.

Durante teleconferência, realizada nesta sexta-feira (09/11), o presidente da Renova, Mathias Becker, explicou sua visão otimista. Segundo ele, da mesma forma que a MP vai obrigar os agentes a baixar a régua dos preços tetos negociados no ambiente livre (ACL), o “preço-piso” também será elevado, o que abrirá espaço para venda de energia nova (ex. eólica), que tem preços maiores que a “energia velha” (hídrica).

“O que a gente tem entendido é que a MP579 vai subir o chão e baixar o teto dos preços do mercado livre. O chão porque a energia barata sai do livre e vai para o cativo. E o teto desce porque os grandes consumidores passam a ter uma alternativa, fazendo com que haja uma pressão sobre o preço teto”, argumentou Becker.

O presidente da Renova ainda reforçou o interesse da empresa em vender energia de fonte eólica no ACL. Para ele, o preço teto da energia eólica no livre deve ser trabalhado entre R$ 125Mwh e R$ 130Mwh. “Inclusive criamos uma comercializadora para ajudar a nos posicionar nesse mercado”, disse.

A MP579 foi publicada em setembro. Seu conteúdo versa sobre a renovação de contratos de concessões que vencerão até 2017, redução e extinção de encargos e modicidade tarifária.

Novos projetos hidrelétricos
O presidente da Renova, Mathias Becker, revelou também que a companhia quer ampliar seu portfólio de negócio e garantiu que está estudando negócios em geração distribuída e em projetos de hidrelétricas de médio porte.

“Estamos estudando uma eventual entrada no mercado de UHEs de uma escala que a gente está habituado, próximo de PCHs, mas ainda sem uma decisão final dos acionistas”, disse.

Quanto aos resultados financeiros para o quarto trimestre, o superintendente de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Daniel Samano, explicou que os números devem repetir os do terceiro trimestre de 2012, uma vez que a companhia não tem novos projetos entrando em operação nos próximos três meses. 

Um comentário:

  1. Esta semana, já temos um preço um pouco mais razoável (embora ainda esteja bem longe dos preços dos últimos leilões de energia que giravam em torno dos R$110,00/MWh).

    Fonte: Jornal da Energia

    PLD recua e volta a ficar próximo dos R$ 300 por MWh
    Valor médio para a semana de 17 a 23 de novembro é de R$ 315 por MWh
    A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou nesta quarta-feira (14/11) os valores do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). O índice apresentou recuo e voltou a ficar na casa dos R$ 300 por MWh, com valor de R$ 315 por MWh para a semana entre os 17 e 23 de novembro, considerando a média entre os submercados Sudeste/Centro Oeste, Sul, Norte e Nordeste.

    O índice estava acima dos R$ 400 desde a última semana de outubro, quando começou a ser pressionado pela falta de chuvas, que contribuiu para a diminuição dos níveis dos reservatórios, bem como a desconsideração da oferta das usinas do Grupo Bertin. Na última semana, o valor era de R$ 450 por MWh, valor 30% superior ao desta medição.

    De acordo com a CCEE, a redução no preço deve-se à elevação das afluências do Sistema Interligado Nacional (SIN), verificada nos submercados Sudeste e Nordeste. Os limites de intercâmbio de energia - máximo que cada submercado pode exportar ou importar - entre os submercados não foram atingidos. Assim, os preços médios ficaram equalizados em todos os submercados.

    O indicador é utilizado nas liquidações do mercado de curto prazo, servindo também como referência para contratos os firmados no ambiente de contratação livre (ACL).

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