quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Os Sobes e Desces da Energia

Depois de ler algumas matérias ao longo dos últimos dias, tenho pensando um pouco mais sobre o comportamento do mercado de energia elétrica no Brasil.

Com algumas notícias informando que o BNDES está adotando critérios mais rígidos à aprovação e liberação de financiamentos de equipamentos no setor eólico, o mercado dos fornecedores e prestadores de serviços incertos com o que acontecerá com o mercado tem reagido de forma negativa já informando possíveis perdas. No caso da Suzlon que anteriormente se enquadrava no quadro de financiamentos mas agora não mais esta, os prejuízos somariam já algo perto de R$1,2 Bilhões. Provavelmente estes prejuízos serão repassados as empresas, as tarifas ou aos serviços que serão prestados consequentemente impactando negativamente ao consumidor final.

Fonte: Jornal da Energia
Somada as modificações das condições de fornecimento de financiamento do BNDES, algumas verificações comerciais apontadas pela CCEE (Camara de Comercialização de Energia Elétrica) já indicam um aumento do preço da energia elétrica PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) com valor médio nas regiões sul e sudeste de R$243,09/MWh e para as regiões norte e nordeste de R$256,30/MWh.

Em contra partida, as medidas provisórias que estão sendo discutidas (MP579 por exemplo) preveem o terceiro ciclo de revisão tarifarica com redução de até 26% na tarifa de energia elétrica. Com um aperto nas concessionárias e um objetivo de alcançar uma redução de 20% na tarifa do consumidor final será necessária a redução de 6% das tarifas de distribuição.

Mesmo com um crescimento significativo de 3,5% de Setembro de 2011 para o mesmo período deste ano, Aparentemente o consumidor final continuará pagando um pouco mais pela energia elétrica mesmo que medidas políticas possuam a tendência a reduzir este valores.

Um dos muitos fatores de elevação do PLD é a saturação da capacidade de transmissão de energia elétrica que as linhas de transmissão existentes possuem. Com o atraso na construção e implementação das novas linhas de transmissão, a redução das tarifas não parece alcançável.

Com sinais muitos falhos de estímulo do mercado, diversas empresas estão investindo menos que o previsto, caso da Eletrobras que prevê ter investido R$3 Bilhões até setembro deste ano (menos de 30% previsto para o ano de 2012 inteiro). Acompanhe as referências para ter melhores números das outras empresas do setor.

Matérias de Referência:
JE 1 - Exigências finais do BNDES para fabricantes eólicos devem ser fechadas em novembro
JE 2 - Soma de medidas gera redução média de 26% nas tarifas de energia
JE 3 - Energia fica mais cara no mercado spot
JE 4 - Eletrobras investe R$3 bilhões até agosto, menos de 30% do previsto para 2012
JE 5 - Carga de energia do SIN tem alta de 3,5% em setembro

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