segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Energia Solar no Brasil

Após diversos debates com colegas de trabalho, cheguei a conclusão que a implantação de sistemas grandes de geração de energia solar, de modo geral, não possuem viabilidade técnica-econômica a não ser que haja algum tipo de subsídio, tarifa diferenciada ou então algum "patrocínio" ou algum outro tipo de apelo que não econômico para justificar a implantação do sistema.

Em casos que o volume de investimento para se levar uma transmissão e distribuição até um local totalmente isolado da rede ou então em casos nos quais hajam impeditivos físicos de se levar os alimentadores de modo convencional, é plausível o uso para garantir pequenos fornecimentos de energia. No entanto, saibamos que essa conta mais elevada acabará em algum momento e de algum modo caindo nos bolsos de todos os consumidores.

Abaixo segue duas notícias de implantação de sistemas fotovoltaicos no Brasil e em megaprojetos de propaganda pois com certeza o estádio possui um tempo de retorno do capital do sistema de energia bem maior que a sua própria vida útil.

Conforme notícia abaixo, imaginem gastar mais de 10 milhões de EUROS para alimentar nem 600 residência no Amazonas. Realmente volumes de investimentos que sairão dos bolsos de cada um de nós.

Além desses projetos, estão saindo do papel diversos estadios com geração solar que custarão a sociedade mais de R$10 milhões para a instalação e n"ao a geração de 1MW.

Depois de tantos leilões de quem paga menos... Estamos passando desapercebidamente por uma obrigação do quem paga mais.



Projetos solares começam a sair do papel nos estados

Eletrosul, AES Eletropaulo e Amazonas Energia têm projetos em andamento

Os projetos de usinas solares fotovoltaicas começam a tomar contorno em alguns estados do Brasil, enquanto as empresas adquirem expertise para lidar com a implantação da fonte por aqui, nos próximos anos. A Megawatt Solar, usina fotovoltaica de 1MW que será implantada na sede da Eletrosul, segue na expectativa de que as primeiras placas cheguem até  final do ano e o comissionamento aconteça em abril de 2013.

Segundo Rafael Takasaki Carvalho, gerente da divisão de planejamento de geração da Eletrosul, projetos como o da usina Megawatt Solar ajudam no desenvolvimento do mercado, denominado Energia Verde. “Também podem contribuir com o plano para implantação da indústria nacional”, disse durante o Solar Summit, evento realizado pelo Jornal da Energia em parceira com a IBC Brasil, em São Paulo. Para ele, o processo também vai contribuir para o entendimento da conexão da solar na rede.

Para a construção da usina do prédio da Eletrosul, em Florianópolis (SC), o consórcio vencedor da concorrência internacional foi o liderado pela Efacec, sendo que, na primeira licitação, do total de 14 concorrentes, nenhum foi habilitado. Na segunda concorrência, que contou com oito participantes, apenas quatro puderam concorrer.

No estado do Amazonas, onde o governo busca alternativas para inserir a energia renovável na matriz, a solar é vista como uma fonte complementar. Ainda assim, o Manaus Solar, projeto fruto de uma parceria com a Eletrobras Amazonas, deve se tornar a maior usina solar da América Latina conectada à rede, com 4MW de capacidade previstos.

 “Nos reunimos com empresas de vários países em agosto passado, sendo que, para nossa surpresa, quatro companhias privadas manifestaram interesse em integrar o projeto”, revelou Anderson Bittencourt, da Secretaria do Estado do Meio Ambiente do Amazonas. Ele contou que as corporações já entregaram propostas onde descrevem de que forma desejam investir no projeto.

A intenção é que a Manaus Solar seja instalada no entorno do estádio Arena Amazonas, com um orçamento estimado na casa dos 10,8 milhões de euros, conforme apresentou o Bittencourt durante o Solar Summit. A usina teria capacidade para atender 570 residências. Para se ter uma ideia, mesmo após a construção do Linhão do Tucuruí, o Amazonas teria 33 municípios não conectados ao Sistema interligado Nacional.

São Paulo

Em São Paulo a AES Eletropaulo lidera um grupo está implantando uma usina fotovoltaica de 1MW na Arena Corinthians, futuro estádio do clube paulista, na Zona Leste de São Paulo. O projeto deve ser entregue em dezembro de 2013, seis meses antes da abertura da Copa de 2014. “O cronograma está sendo seguido junto com o processo de construção do estádio”, garantiu Sunny Jonathan, da diretoria de inovação e serviços de suporte da AES Eletropaulo.

Recentemente, em conversa com o Jornal da Energia, o diretor do grupo setorial de energia fotovoltaica da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Leônidas Andrade.comentou que os entraves na licitação desses empreendimentos estão se tornando uma dor de cabeça para os investidores. “O nível de exigência para licitações de 1MW são desproporcionais, o que não tem dado condições de as empresas nacionais participarem”, desabafou.

Ele acredita que, dos 12 estádios que poderiam se tornar usinas fotovoltaicas, apenas quatro ou cinco devem sair do papel. Um desses projetos deverá ser o Mineirão Solar, da Cemig, que chegou a ter todas as empresas não habilitadas e, entre idas e vindas, o vencedor será anunciado na próxima semana. 


Vencedor da licitação do Mineirão Solar será apresentado na próxima semana, garante Cemig

Empresa permanece com a previsão de finalizar a obra no final do ano, embora já considere atrasos

Depois de vários adiamentos, é esperada para a próxima semana a divulgação do vencedor da usina fotovoltaica da Cemig, conhecida como Mineirão Solar, em Minas Gerais. O projeto prevê a construção de uma planta solar com potência de 1MW, que será instalada na cobertura do estádio do Mineirão - uma das arenas da Copa do Mundo.

Segundo o gestor de projetos de energia renovável da Cemig, Alexandre Heringer, o adiamento aconteceu devido uma suspenção temporária da licitação “em virtude de um mandato de segurança aberto por um participante da licitação". No entanto, a concessionária já derrubou esse recurso jurídico e está finalizando até sexta-feira (19/10) os estudos técnicos.

"A previsão que temos é de divulgar o vencedor já na semana que vem", afirmou Heringer, que conversou com jornalistas após participar do Solar Summit, em São Paulo, evento realizado pelo Jornal da Energia e pelo IBC Brasil.

"É importante que o cronograma da usina não se confunda com o do próprio Mineirão. Permanecemos com a previsão de concluir a usina no final do ano. O que é preciso ficar claro é que o Mineirão não vai atrasar. Pelo contrário, será um dos primeiros estádios da Copa a serem entregues. Agora, a usina pode ser que atrase um mês", acrescentou o técnico da Cemig.

Sem dar muitos detalhes, Heringer adiantou que a proposta vencedora não ficou muito abaixo do valor previsto para o projeto solar, estimado em R$10 milhões. "Temos a esperança de que a usina fique pronta em dezembro, apesar de todo o atraso, a gestão está se esforçando para que a usina fique pronta junto com a inauguração do estádio", concluiu.

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