terça-feira, 24 de julho de 2012

Certame Eólico = Dúvida de Energia



Já a alguns anos a "preocupação sustentável" da geração de energia eólica chegou aos leilões de energia brasileiros.

Com uma certame no final de 2008 e um em 2009, apenas pequena fração da quantidade de geração de energia "prometida" nestes certames foi entregue aos consumidores até o momento.



Embora o preço da energia não tenha sido extremamente alto ou baixa, a viabilidade econômica das implantações dos sites vendidos sempre foi questionada enquanto a questão logística de entrega sempre deixada de lado.


A questão de inadimplência da energia vendida já é levantada a alguns anos pelo menos, no entanto, só no final do ano de 2011 a preocupação com relação as linhas de transmissão que teriam que escoar toda essa energia passou a ter uma importância significativa.


Outro fator relevante no processo das implantações de linhas e sites são os financiamentos pelo BNDES que agora exigem valores de nacionalização superiores aos previamente estimados.


Veja na matéria a seguir do Jornal da Energia mais uma das "pizzas" do Brasil.

Fonte: Jornal da Energia


De 1,8GW do leilão eólico de 2009, apenas 370MW entram em operação no prazo

Falta de transmissão impede 646 MW de gerar; outras usinas devem estar prontas até julho de 2013
Crédito: Print do site da Bons Ventos











Em 2009, o setor elétrico comemorou o sucesso do primeiro leilão de energia realizado pelo governo exclusivamente para contratação de parques eólicos. No entanto, dos 1.841MW comercializados naquele certame, apenas 370MW (~20%) em usinas já são uma realidade e estão gerando eletricidade para o sistema.
Conforme balanço feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a pedido do Jornal da Energia, há ainda outros 646 MW (~35%) prontos para operar, mas impedidos de fazê-lo pela ausência de linhas de transmissão. Essas linhas, as chamadas ICGs, estão a cargo da Chesf e devem ficar prontas só no ano que vem. Outros 703,7 MW (~38%) estão fora do cronograma original, que previa início de operação em 1 de julho de 2012.
Como exceção, há os parques de Icarai I e II, Taiba Aguia, Taiba Andorinha e Colônia. Esses projetos, que somam 121,8MW no Ceará, receberam aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para postergar a entrada em operação. Nestes casos, a agência entendeu que houve demora na emissão dos atos de outorga, alteração das características de transmissão, bem como mudança de política governamental de financiamento.
Isso porque os empreendimentos, da Energio, estavam aprovados pelo Banco do Nordeste, mas tiveram que ser redirecionado para o BNDES, que exige um índice maior de nacionalização. Esses fatores fizeram com que a Aneel transferisse as datas, que agora variam entre novembro e dezembro deste ano.
Dos atrasados
Dos 703,7 MW que estão fora do cronograma, a previsão de operação comercial mais distante é do parque eólico de Araras, de responsabilidade da Energimp. A usina tem início de geração esperado para julho de 2013, um ano depois da data original. O empreendimento tem 30MW e está construção no Ceará.
Outros, como Osório 2 (24MW, RS), Sangradouro 2 (26MW, RS) e Miassaba 3 (50,4MW, RN), são os mais próximos de operar. Em relatório, a área de fiscalização da Aneel esperava que essas usinas começassem a funcionar em junho, mas a expectativa não foi cumprida até o momento. Os dois primeiros são de responsabilidade da Elecnor-Enerfin, enquanto o último é de sociedade de propósito específico (SPE) formada por Eletronorte, Furnas, Bioenergy e J. Malucelli.
No relatório obtido pela reportagem não são colocadas as causas dos atrasos. A única menção está relacionada ao licenciamento ambiental, mas a Abeeólica explica que "cada empreendedor possui seus motivos para atraso" e que alguns, inclusive, já têm pedido postergação dos prazos para a agência reguladora.

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