Com suas 20 unidades
geradoras, possui uma capacidade de geração instalada de 14.000 MW (700MW
cada).
A produção anual em
2011 foi de aproximadamente 92,24 milhões de MWh.
Por
ser uma empresa binacional (brasileira e paraguaia), cada um dos paises
envolvidos detém os direitos da energia gerada por metade das turbinas.
Atualmente,
devido a pequena demanda do Paraguai, somente 5% são destinados ao país,
enquanto o restante dos 95% da energia gerada são destinados ao Brasil.
Com
os anúncios do novo presidente paraguai de que deixariam de "ceder" o
excedente de sua energia elétrica para o Brasil, fica a procupação:
Como
substituir a energia paraguaia (~5.600 MW instalados) caso realmente essa
energia não seja mais destinada ao Brasil?
O
ministro de minas e energia brasileiro Edison Lobão acalmou os ânimos dos
exaltados com algumas respostas clássicas de que o Paraguai não tem onde usar
ou vender tanta energia dentre outros fatores.
Leia a matéria na íntegra
abaixo.
Fonte: Jornal
da Energia
Presidente do Paraguai diz que não vai mais vender excedente da
energia de Itaipu para o Brasil
Projeto de lei sobre o assunto deve ser enviado ao Congresso ainda
neste ano; novo diretor da usina já havia feito ameaças
O novo presidente do
Paraguai, Federico Franco, disse nesta quarta-feira (8/8) que não pretende mais
continuar cedendo o excedente de energia da hidrelétrica de Itaipu para o
Brasil. Atualmente, as regras do tratado que viabilizou a usina binacional
ditam que cada país direito a 50% da geração da planta. Mas, como o Paraguai
tem uma carga muito pequena, acaba consumindo apenas 5% da produção e vende os
outros 45% ao Brasil.
"A decisão do
governo é clara: não estamos dispostos a seguir cedendo nossa energia. E notem
que utilizo a palavra 'ceder', porque é isso que estamos fazendo: estamos
cedendo energia para o Brasil e Argentina, não estamos vendendo", bradou
Franco. A referência à Argentina faz jus a outra hidrelétrica, a de Yacyretá,
que também é binacional.
O presidente
ressaltou que sua postura é a de assegurar não só a soberania, mas os
benefícios que essa energia pode gerar no Paraguai. "Há vozes que dizem
que vamos entregar nossa soberania. A soberania está entregue. Ontem eu tinha
me reunido com o Conselho de Yacyretá. Foi a primeira vez que o Conselho recebe
linhas, diretrizes, de parte de um presidente da República. É o que faremos em
Itaipu. Nossos conselheiros irão às sessões defender os interesses para o
Paraguai poder ser beneficiado".
Franco justificou
que a medida é necessária para dar mais competitividade para a indústria do
país e, consequetemente, criar postos de trabalho na região. "Vamos
convidar os investidores nacionais e estrangeiros para ir para San Pedro,
Concepción, para estabelecer suas indústrias, gerando trabalho,. E esta é a
melhor maneira de acabar com a criminalidade e a insegurança que castiga nosso
país."
Segundo Franco, até
dezembro deste ano o poder Executivo paraguaio deve enviar um projeto de lei ao
Congresso que permita a interrupção do envio dessa energia para o
Brasil. "Não pode ser que o Paraguai tenha 85% da energia de toda a
América (do Sul), e utilize apenas 15%. Isto realmente vai mudar com a ajuda de
todos os setores", disse o presidente.
Em junho, quando
Franco assumiu o governo após um impeachment relâmpago do então presidente
Fernando Lugo, houve imediata troca do comando de Itaipu. O novo executivo à
frente do lado paraguaio da usina, Efraín Enríquez Gamón, assumiu já com o
discurso de parar a venda de energia para o Brasil.
Na época, o ministro
de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, acalmou os ânimos, dizendo que
qualquer alteração no tratado da hidrelétrica binacional tem que ser aprovada
no Congresso dos dois países. Lobão também argumentou que, caso não venda os
excedentes para o Brasil, o Paraguai simplesmente não terá o que fazer com a
energia. "Eles não teriam onde vender".
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